segunda-feira, 13 de maio de 2024

Desencarnação do meu tio Ivon Régis por Cláudia Régis Machado

 

Desencarnação do meu tio Ivon Régis

Já a algum tempo acompanhávamos e vibrávamos muito pelo tio Ivon, ele estava hospitalizado por duas semanas e em nossas vibrações pedíamos pelo melhor para ele, como Espírito.

Meu tio

Meu querido e amado tio Ivon. Irmão mais velho de meu pai Jaci, sempre com o semblante alegre apresentando muita disposição para realizar tarefas e ser presente em momentos importantes de nossas atividades espíritas e familiares.

Bons Momentos!

Gostava de dançar e me iniciou nesta balada em minha adolescência, parceiro de alguns bailes. No seu encontro sempre muita afetividade e carinho, um querido que deixa saudades com lembranças aprazíveis.

Um companheiro constante de WhatsApp de minha mãe, toda manhã enviava mensagem de otimismo para o bem viver.

Nosso Ivon era assinante do Jornal Abertura desde o primeiro dia, leitor apaixonando.

Foi tesoureiro do Lar Veneranda e Conselheiro por muitos anos, foi homenageado pelo Lar e pelo Abertura em setembro de 2017, ainda em vida.



Publicamos aqui também a mensagem carinhosa feita pelo CEAK



Parabéns a este Espírito trabalhador, dedicado a família e ao espiritismo.

Vai tio Ivon, encontre os que te amam, estaremos sempre com o pensamento unido e no futuro voltaremos a estar juntos.

 

sábado, 4 de maio de 2024

OS ESPÍRITAS E O ESTADO LAICO por Ricardo Nunes

 

OS ESPÍRITAS E O ESTADO LAICO por Ricardo de Morais Nunes

Uma das maiores conquistas do mundo ocidental foi o surgimento do Estado laico. Após um histórico de guerras religiosas sangrentas, as instituições políticas ocidentais se formataram segundo o princípio ético-jurídico da neutralidade do Estado em questões religiosas.

No passado ocorreram uma quantidade enorme de guerras religiosas. Para não me estender em demasia destaco aqui as cruzadas que colocaram em conflito cristãos e muçulmanos, e as guerras religiosas no ocidente que colocaram em conflito católicos e protestantes. O tristemente célebre massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572, na França, manchou a história religiosa do mundo cristão.

Hoje em dia a ideia de “guerra santa” ainda persiste, misturando política, nacionalismo e religião em um caldo de cultura verdadeiramente explosivo. No mundo contemporâneo existem Estados teocráticos, nos quais o livro religioso e a palavra do chefe religioso se sobrepõem às leis civis do Estado nacional. 

É fácil perceber que um Estado que se declara religioso acaba por tomar partido entre os seus cidadãos e, como consequência, trata com menor interesse, para dizer o mínimo, aqueles que não aderem ao credo oficial. Do ponto de vista das liberdades democráticas traz para a arena política uma visão absolutista e dogmática restringindo o espaço para o debate alteritário.

No Brasil dos últimos anos, houve um crescimento da influência dos religiosos no Estado. Fala-se, hoje, inclusive, em uma “bancada da bíblia” no legislativo federal. Já foi falado por um presidente do passado recente sobre a necessidade de ser  nomeado, à instância máxima do judiciário brasileiro, um ministro “terrivelmente evangélico”.

No Brasil, ante o quadro político dos últimos anos, corremos o grave risco de misturar, irremediavelmente, religião e Estado, o que seria realmente um risco às liberdades democráticas de crença e manifestação da opinião.

Allan Kardec enfrentou problemas com a religião quando por ocasião do auto de fé de Barcelona. Nesse triste episódio, obscurantista, de caráter medieval, teve seus   livros espíritas queimados na Espanha por ordem de um bispo intolerante que se achou no direito de intervir nas questões alfandegárias do Estado Espanhol em sua relação com a França.

Penso que nós, espíritas livre-pensadores, devemos estar alertas para esse problema. Uma coisa são os adeptos de uma visão religiosa se manifestarem perante a sociedade civil sobre os variados temas políticos que existem na sociedade, exercendo, assim, seu legitimo direito à livre expressão, outra coisa é integrar as instituições do Estado, tendo como requisito fundamental para o exercício de um cargo público, não sua capacidade técnica, científica, administrativa ou política, mas a característica de ser religioso, profitente de uma determinada fé.

Isso resultará em uma imposição de valores e crenças aos que não comungam com a mesma visão, o que a longo prazo fará um estrago tremendo ao desenvolvimento científico, ético e cultural da sociedade. O Estado deve ser apenas um garantidor das múltiplas manifestações de crença e não crença, as quais representam os diferentes estados de consciência de uma nação.

Não há nenhuma conquista da humanidade que não pode ser perdida. O obscurantismo medieval está sempre à espreita e, não tenhamos dúvidas, pode voltar em novas roupagens. Dos espíritas, discípulos de Allan Kardec, um homem que acreditava na ciência, na razão e no desenvolvimento para melhor da humanidade, se espera que estejam atentos e que não embarquem nas canoas furadas do retrocesso.

Gostou do Artigo, ele foi publicado no jornal Abertura de abril de 2024, quer ler o jornal completo - baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=300:jornal-abertura-abril-de-2024

 

 

 

 

terça-feira, 30 de abril de 2024

Hora da colheita por Cláudia Régis Machado

 Hora da Colheita por Cláudia Régis Machado


         Ano passado escrevi um artigo intitulado Metas, onde coloco que estas para mim têm um caráter instrutivo e são uma excelente forma de estabelecer um roteiro, um rumo no seu viver.

      Importante que sejam simples, objetivas e realistas trazendo objetivos claros, aproveitamento efetivo para vida e para trajetória evolutiva. Este enfoque tem respaldo na visão espírita onde utilizamos a existência-para aprender, servir e crescer.



     As pessoas que ainda estão na ativa profissionalmente talvez a questão das metas esteja mais presente, mas aqueles que não estão, é também interessante ter objetivos precisos a cumprir com prazos mais elásticos ou não, pois somos acometidos muitas vezes pelas tarefas do dia a dia ou pelas intempéries da vida como doenças, envelhecimento ou outras situações que possam vir a ocorrer, entramos no modo automático e nos perdemos com outros acontecimentos e assuntos.

         O relevante é escolher o que está em primeiro lugar, o que mais importa e agir sobre isso.

        No início do ano há vários artigos que destacam esse ponto - definir metas- mas gostaria de ver este assunto por outro ângulo, o da avaliação das coisas realizadas ou não, ao longo do ano, da semana ou do mês. Mas sugiro um exame com o olhar de apreciação do que fizemos de bom. Muitas vezes deixamos de valorizar as nossas conquistas porque o desapontamento realmente existe quando observamos o rol de metas não alcançadas, nos incriminando por não termos feito a coisa pensada com esforço e empenho.

    Porém neste artigo proponho aproveitar o início do ano para listar as coisas boas, os momentos especiais, os desafios conquistados e superados, o que você pôde assumir ao longo do ano, os momentos felizes com a família ou com os amigos, as realizações pequenas, mas que foram de ajuda para aqueles que as necessitavam.

    Podemos ainda colocar neste rol os eventos legais que aconteceram e que nos fizeram pensar e que trouxeram transformações pessoais ou sociais, os momentos que levaram às transições necessárias ou desejadas, os  itens que aprendidos e as coisas que foram abandonadas para termos uma vida mais simples e prazerosas. Comunicou-se melhor, teve mais cuidado com seus relacionamentos, foi mais afetivo ou carinhoso, desenvolveu uma habilidade? Todos esses pontos também interessantes e importantes para serem relevados.                                                                                                                            

    Seja cordial com você mesmo e celebre as pequenas felicidades que atravessaram seu caminho. Sentir orgulho de quem somos tudo isso como um presente amoroso e generoso para comemorar o quanto você pode evoluir.

     O processo pode ser satisfatório quando você entende que a felicidade pode estar no caminho e não só no destino final que transcende o período de uma análise anual.

     É muito bom saber que todo este olhar e reflexão pode ser embasado na Doutrina Espírita que nos traz abertura suficiente para enfrentar a vida e os momentos que dela advém com alegria, tranquilidade e consciência da importância da evolução, do servir, do ajudar. Compreendendo que o esforço, o empenho pessoal, têm resultados positivos no progresso e engrandecimento individual.

     Que o último ano – 2023 -  lhes tragam boas recordações!


Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de janeiro - fevereiro de 2023, quer ler todo o jornal?

Baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=286:jornal-abertura-janeiro-de-2024


 

 

 


terça-feira, 23 de abril de 2024

Lançado o livro em pdf grátis - O Laço e o Culto de Krishnamurti de Carvalho Dias

 

ICKS disponibiliza mais um livro e-book no site da CEPA – O laço e o Culto – É o espiritismo uma religião? De Krishnamurti de Carvalho Dias



Introdução à edição online

Resgatamos esta obra de 1985 pela importância que teve em seu tempo.

Este livro foi primeiramente publicado pela DICESP, órgão ligado a USE em Santos.

Como é público, o grupo que era responsável pela Dicesp, criou a Licespe, então ligada à Comunidade Assistencial Espírita Lar Veneranda de Santos, em abril de 1987 o ICKS foi criado em 1999 e a Licespe foi transferida ao mesmo.

Tenho uma cópia do dia de seu lançamento, lá Krishnamurti escreve ” acho que gostarão Alexandre e Cláudia -assinado Kish”. E é isto que esperamos ao oferecer a vocês.

Penso, neste momento após revisar toda a obra ortograficamente, mergulhando em seu pensamento, tomo a liberdade de chamar o autor de “Kish” . Ele nos apresenta uma argumentação muito importante que obrigatoriamente nos faz refletir sobre os problemas em caracterizar o Espiritismo como uma religião.

Na época em que foi lançado, em 1985 em muitas regiões do Brasil havia disputas sobre ser o Espiritismo uma religião ou não, hoje nossa corrente de pensamento, laica, livre-pensadora progressiva já superou esta questão, nós nos afirmamos laicos e respeitamos aqueles que querem seguir religiosos.

Esta é a razão, nossa convicção no espiritismo laico, para que esta obra  seja incluída em nossa Série Literária Abrindo a Mente.

No entanto, mesmo para aqueles que se sentem motivados a rever estes pontos, que tenham dúvidas, lhes oferecemos esta obra.

 

Fizemos uma revisão ortográfica do livro, trazendo para o ano de 2024. Krishnamurti tem uma linguagem muito hermética, mas sem dúvida demonstra o empenho em chegar às causas de toda a confusão envolta de ser ou não o espiritismo uma religião, percorre o caminho que acreditava ter sido seguido por Allan Kardec.

Da contracapa original extraio:

“ O Laço e o Culto – É o Espiritismo uma religião? resultado de uma pesquisa profunda, é obra desapaixonada, com o caráter científico que um tema desse tipo exige. O estilo fluente de Krishnamurti de Carvalho dias torna sua leitura agradável, sem conceder com a tarefa a que se propõe: a de recolocar o pensamento de Allan Kardec quanto ao caráter do Espiritismo. E é preciso encarar realística e sensatamente a verdadeira face do movimento espírita brasileiro e compará-la com a estrutura doutrinária estabelecida por Allan Kardec.

Depois, refletir sobre o resultado prático alcançado. Eis uma obra rara em nosso meio, uma contribuição à história e aos rumos do pensamento religioso em geral e do movimento espírita.”

Com vocês um pouco da história do Movimento Espírita.

Alexandre Cardia Machado – Organizador

 

Baixe gratuitamente aqui!

https://cepainternacional.org/site/pt/ebooks/o-la%C3%A7o-e-o-culto-krishnamurti-de-carvalho-dias-detail

 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Lançado o Livro - O Poder e o Movimento Espírita de Jaci Régis e José Rodrigues

 O Poder e o Movimento Espírita de Jaci Régis e José Rodrigues


Baixem aqui:

Para que você possa ler, basta baixar o arquivo em pdf – gratuito no site da CEPA – Associação Espírita Internacional, clique abaixo:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/43-icks?download=294:o-poder-e-o-movimento-espirita


O poder e o Movimento Espírita

Estamos divulgando mais uma publicação – O Poder e o Movimento Espírita – um livreto de 1981, lançado pela DICESP, porém apresentado pela primeira vez no Jornal Espiritismo e Unificação, como texto da Redação. Em conversa com Eugenio Lara, que então fazia a diagramação do jornal e que posteriormente fundou junto com José Rodrigues o site PENSE, o texto original era de Jaci Régis, e na formatação do livreto foi editado por José Rodrigues, assim que fazendo justiça a ambos, apresentamos o livro como de coautoria de ambos.

Assim, o livreto esteve disponível no site PENSE, que está no momento fora do ar, assim o histórico fica desta forma:

1ª publicação - Jornal Espiritismo e Unificação – abril de 1981.

1ª Edição - DICESP - Divulgação Cultural Espírita S/C Editora – setembro de 1981.

2ª Edição - Adaptação em pdf pelo site Pense – José Rodrigues e Eugenio Lara.

3ª Edição - ICKS – organização – Alexandre Cardia Machado – março de 2024.


Trazemos aqui uma foto do jornal Espiritismo e Unificação de abril de 1981, há exatos 43 anos, como todos devem saber o Jornal Abertura sucedeu o Espiritismo e Unificação, após a cisão do Grupo de Santos com a USE. Sendo o Abertura lançado em abril de 1987, comemorando neste mês 37 anos.

 



É uma leitura rápida, mas importante, nada mudou desde então, a não ser a emancipação do grupo laico, hoje alinhado com a CEPA – Associação Espírita Internacional. O que de certa forma nos distanciou destas disputas de poder. Nosso foco é no saber espírita.

A contribuição do ICKS, órgão responsável pelo Jornal Abertura tem sido, portanto, a disponibilização de material grátis, que permitam abrir a mente daquelas pessoas que entram em contato com esta visão laica, livre-pensadora que tanto defendemos.

Esta matéria foi publicada no Jornal Abertura de abril de 2024, si quiser lê-lo baixe aqui:

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=300:jornal-abertura-abril-de-2024



terça-feira, 9 de abril de 2024

Abrindo a Mente - O que significa Xenoglossia - por Alexandre Cardia Machado

 O que significa Xenoglossia?

Este termo foi criado por Charle Richet, em seu livro Tratado de Metapsíquica, fato este que motivou o famoso cientista Ernesto Bozzano mais tarde, a também escrever um livro com este mesmo nome.

Nessa obra de Bozzano são narrados os fenômenos de Xenoglossia, ou mediunidade poliglota, nos quais um espírito se manifesta através de um médium, falando ou escrevendo em idioma desconhecido aos presentes ou ao próprio medium. O livro discorre sobre casos mediúnicos divididos em quatro categorias, definidas pelo autor como: automatismo falante; psicografia; escrita direta e voz direta. O termo “xenoglossia” proposto pelo professor Richet, com o intuito de distinguir, de modo preciso, a mediunidade poliglota propriamente dita, pela qual os médiuns falam ou escrevem em línguas que eles ignoram totalmente e, às vezes, ignoradas de todos os presentes, dos casos afins, mas radicalmente diversos, de “glossolalia”, nos quais os pacientes sonambúlicos falam ou escrevem em pseudolínguas inexistentes, elaboradas nos recessos de suas subconsciências, pseudolínguas que não raro se revelam orgânicas, por serem conformes às regras gramaticais. 

O professor Richet ao estudar alguns casos, não encontrou evidências absolutas sobre o não conhecimento de linguas extrangeiras, assim se referindo: “ nenhum dos casos expostos apresenta suficiente valor probante... Segue-se que não é possível se lhes conceda direito de cidadania no vasto domínio da metapsíquica subjetiva. Seja, porém, como for, inclino-me a crer que um dia, talvez não distante, se terá de reconhecer autêntico algum caso de tal natureza. Nessa expectativa, cumpre se apresentem exemplos melhores, que venham relatados de forma menos fragmentária, menos imperfeita do que a que se nota nos até agora conhecidos...” (Tratado de Metapsíquica, pág. 280 da primeira edição.)” 

Nos anos 90 do século passado, quando ainda fazíamos parte do GPCEB – Grupo de Pesquisas Científicas Ernesto Bozanno, aqui em Santos no Centro Espírita Allan Kardec, fomos testemunha de um fenômeno que se parecia com Xenoglossia, mas que após testes não se confirmaram. 

Um dos médiuns do centro passou a receber comunicação de um espírito que se auuo denominou Abdul Al Abdul, servo de Alá. O mesmo deu uma série de comunicações em perfeito português, mas dizía falar ao médium em lingua Universal. 

- Pensamos então em fazer uma prova e gravamos uma frase em árabe, um amigo de descendência árabe de um dos membros a fêz, gravou a mensagem e escreveu o seu significado em um envelope fechado. 

O espírito voltou e ligamos o gravador e pedimos que dissesse o que estava gravado. Abdul – disse que se tratava de uma frase de amor e nos proporcionou a tradução. 

Terminada a reunião, abrimos o envelope lacrada e “surpresa” – a mensagem era algo bem banal, sobre uma atividade diária simples. Conclusão: ainda que o fenônomeno que presenciamos tratar-se de um pseudosábio e portanto uma farsa do espírito, nenhuma prova deste tipo foi feita nos fenômenos relatados por Bozzano e Richet. 

Por isto a dúvida levantada pelo último. Mediunidade precisa, sim ser testada o tempo todo.

Para abrir a mente: Busquem em sua biblioteca espírita por Tratado de Metapsíquica – Charles Richet e Xenoglossia de Ernesto Bozzano 

Este artigo foi publicado no jornal ABERTURA de janeiro-fevereiro de 2018, gostou do texto, quer ler o Jornal Completo?

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/37-jornal-abertura-2018?download=260:jornal-abertura-janeiro-fevereiro-de-2018


segunda-feira, 25 de março de 2024

Abrindo a Mente - Emissão Energética à Distância – uma experiência virtual pós pandemia - por Alexandre Cardia Machado

 

Emissão Energética à Distância – uma experiência virtual pós pandemia

 

Vamos suspender este mês a sequência que estamos fazendo sobre as diversas teorias cosmológicas para falar de uma experiência prática. Primeiro iremos contextualizar.

No mês de fevereiro tivemos a grata oportunidade de dar um Curso no CEAK – Centro Espírita Allan Kardec de Santos, sobre Emissões Energéticas na Prática Espírita, foram duas sextas-feiras, baseado no livro publicado pelo ICKS de mesmo nome.

O livro foi escrito por pessoas oriundas do CEAK e mais do que dar duas aulas, na verdade houve uma interação entre todas as pessoas presentes.

Em um determinado momento, recordo de perguntar como o CEAK estava fazendo as suas reuniões de Emissão Energética à Distância (Vibração), que eu já tinha conhecimento que estava sendo feita remotamente de forma virtual. Várias pessoas que estavam no curso participavam desta atividade e demonstraram bastante satisfação. Tratei também de conversar com uma das coordenadoras Liamar Gadella Pazos que participa do CEAK e do ICKS, para obter mais detalhes que passo a descrever aqui.

Durante a crise da COVID19 o CEAK suspendeu as atividades presencias, passando a fazer reuniões virtuais. Nesta época várias pessoas ligadas ao CEAK adoeceram e correntes de vibração foram criadas espontaneamente, a partir disto o grupo da reunião de Emissão Energética a Distância decidiu manter esta atividade que descrevo abaixo durante aquele período: 

·   As 20:00 horas – Liamar ou Márcia Franquera, coordenadoras, abrem a reunião por WhatsApp, fazem a leitura dos nomes e endereços e solicitam a preparação do grupo de cerca de 12 pessoas.

·    A lista de nomes de receptores, hoje é gerada pelos trabalhadores do Centro, isto traz a vantagem de serem pessoas, que foram orientadas por estes trabalhadores a se prepararem e estarem focadas no horário e dia do trabalho.

·   Durante 30 minutos o grupo fica em trabalho de emissão, da mesma forma como fariam no Centro Espírita.

·    O grupo emite energia direcionada ao CEAK, não aos receptores.

·  Os Espíritos trabalham esta energia no Centro e direcionam aos receptores que foram listados no início da reunião.

·   Na primeira segunda feira do mês o grupo realiza presencialmente a reunião no CEAK e nas outras oportunidades todos participam de suas residências.

Liamar nos contou também que a reunião ficou mais focada na emissão de energia, com os emissores mais descansados e com a grande vantagem de não ser necessário o deslocamento até o Centro Espírita. Desta forma todo o trabalho demanda menos tempo.

Liamar relata ainda que em avaliações com a equipe Espiritual do Centro os Espíritos informaram que não houve alteração no resultado, podemos então considerar que a iniciativa foi um grande sucesso. Desta forma a prática foi mantida de forma permanente.

Como característica do grupo, todos tem formação no CEM – Curso de Estudos de Mediunidade, e participam do trabalho com muita dedicação e doação de tempo e energia.

No segundo dia do nosso encontro, ao apresentarmos o capítulo escrito por Juliana Régis, sobre Toque Terapêutico  descobrimos, assim como o grupo do CEAK também se deu conta que, lá no CEAK, algo muito parecido em metodologia estava sendo utilizado, era praticamente o Toque Terapêutico. A diferença era que lá os emissores trabalhavam medianizados e claro recebendo instruções da espiritualidade.

Fica aqui a dica para outras casas espíritas.

Para Abrir mais a sua mente: baixe gratuitamente e leia o livro - Emissões Energéticas na Prática Espírita – Coleção Abrindo a Mente - https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/27-icks-colecao-abrindo-a-mente?download=268:emissoes-energeticas-na-pratica-espirita-organizacao-alexandre-cardia-machado

 Este artigo foi publicado no Jornal Abertura de março de 2024 - quer ler o texto completo? Baixe aqui.

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=293:jornal-abertura-marco-de-2024


sexta-feira, 8 de março de 2024

Para Manter o Ideal por Jaci Régis


 

Este texto compõe o livro – Caminhos da Liberdade – caso você tenha gostado e queira ler o livro todo – entre em contato com o ICKS pelo e-mail – ickardcista1@terra.com.br.

 

Uma pergunta que cada um se faz, senão sempre, mas vez por outra, quando está engajado numa doutrina, ideal, movimento que vise o aperfeiçoamento social, a ecologia, um mundo melhor, é se vale a pena fazer o que está fazendo.

Se a pessoa está ligada a esse movimento ou ideia, com um mínimo de pureza de sentimentos, ver-se-á constantemente envolvida por questões menores e maiores que, por fim, colocam em dúvida a validade de seu esforço, de seu idealismo.

Principalmente quando, a seu ver, existe incompreensão, encontra desilusão pelo comportamento contrário do que esperava por parte dos demais.

A questão não é irrelevante.

Todo e qualquer dispêndio de energias espirituais deve ser constantemente avaliado. Por isso, a primeira coisa a fazer é perguntar a si mesmo da validade do conteúdo da proposta que defende, de modo crítico e realístico e o quanto de satisfação lhe traz o envolvimento no trabalho.

Se o resultado desse questionamento concluir que houve engano e aquilo não é bem o que se quer, então nada mais se tem a fazer senão deixá-lo de lado.

Mas se a conclusão mostrar que estamos fazendo o que queremos, que continuamos com a convicção que é melhor para nós, para a comunidade, para o mundo, então nada nos deterá ou não deveria nos deter, na continuidade de nossos esforços.

Se estivermos ligados a uma causa aceita apenas por uma minoria e, portanto, compelidos a lutar para que não morra, mas avance, então é também necessário compreender que a adesão a esse tipo de ideal requer mais do que simples participação, simpatia ou aplauso.

Requer a integração da própria vida, porque não se trata de ganhar mais uma batalha, mas romper bloqueios, revolucionar posições, e começar por nós mesmos.

E uma mudança radical no interior da pessoa, principalmente em relação a conceitos fundamentais em que repousava a própria consciência dos valores, não é fácil, nem isenta de ansiedade.

Publicamos este artigo no jornal Abertura de abril de 2024

baixe aqui

https://cepainternacional.org/site/pt/cepa-downloads/category/42-jornal-abertura-2024?download=300:jornal-abertura-abril-de-2024

Cada um organiza, estrutura sua mente de acordo com princípios, valores e crenças que se acumulam em estreita correlação com a cultura, com o grupo, com a família, com a comunidade a que se filia.

Quando uma renovação conceitual implica em romper com toda essa estruturação, sobram dúvidas internas e pressões externas.

Essa transição é sempre dolorosa por importar num hiato solitário em que a pessoa necessita tomar decisões isoladamente. Esse caminho pode afastá-lo de pessoas, grupos a quem está ligado emocionalmente. Certas amizades poderão esfriar, certos relacionamentos se desfazem.

É preciso ter em mente que quando se pretende inovar, mudar, transformar um sistema, este tudo fará, armar-se-á poderosamente para evitar qualquer mudança.

Um sistema de ideias ou social é como um organismo. Sentindo-se atacado, reage, reúne suas defesas e, se necessário, mata.

Veja-se o exemplo da ação dos grupos religiosos na defesa de suas crenças. Ainda que adorem o mesmo deus e sigam o mesmo livro santo e o mesmo messias, basta que uma linha concorrente, um outro grupo de crentes surja, para que o antagonismo cresça e, por vezes, se converta em conflito e mesmo estabeleça uma irreparável divisão.

Por isso, é preciso atingir o nível de incerteza que exige continuada reflexão e constante repensar. Isso é absolutamente indispensável se quiser que tome corpo uma consistente estrutura interna, capaz de flexionar-se sem perder sua base, de aceitar rupturas e manter sua integridade. Resistir ao cansaço e prosseguir.

Quando se alcança esse nível – e não confundir com fanatismo, pois a reflexão só é válida dentro de um equilibrado senso crítico – não importa o que se diga, o que se sofra.

A força interior desencadeada é um fluxo que não pode mais ser represado. Continuar já é, então, parte do próprio ser.